Kelechi Nwakali tem estado, nas últimas semanas, nas bocas
do Mundo. Chegou à maior prova sub-17 do planeta já referenciado pelo
Manchester City e saiu como Bola de Ouro, sucedendo ao compatriota, também dos ‘citizens’,
Kelechi Iheanacho. É, portanto, uma questão de tempo até que emigre para a
Europa. Há muitos interessados, mas Nwakali, que ainda joga no seu país, já disse que sonha representar o
Arsenal, embora o seu irmão, Chidiebere, tenha atualmente contrato com o City.
Nwakali é um centrocampista muito maduro, que, embora fique
geralmente na zona central do terreno, é preponderante tanto a defender como a
atacar. Defensivamente, “enche” o campo. Parece estar em todo o lado.
Posiciona-se muito bem, faz muitas dobras a companheiros e desarma com enorme
qualidade. Em posse, é o médio que vai buscar a bola a zonas recuadas,
contruindo depois com enorme categoria. Para além de possuir apurada visão de
jogo e uma qualidade de passe, sobretudo longo, fantástica, decide muito bem o
que fazer, mesmo sob pressão.
Por todos estes fatores, não admira que esteja a ser muito
cobiçado, cobiça essa que já vem de há algum tempo. Há uns meses, esteve a
fazer testes no Manchester City e agradou os responsáveis ingleses. Contudo, os
mais de cinco milhões de euros pedidos por clube e empresários fizeram com que
o emblema britânico hesitasse no momento de avançar para a contratação do então
jovem de 16 anos.
Nwakali é atualmente campeão do mundo, mas poderia perfeitamente
ser bi-campeão. É que há dois anos esteve muito próximo de ser convocado para a
seleção de sub-17, que venceu o torneio e contava nas suas fileiras com Chidiebere
Nwakali. Agora, prepara-se para se estrear pela seleção sub-23 da Nigéria (sim,
leu bem!).