sábado, 4 de abril de 2015

Entrevista a João Filipe (SL Benfica)

Extremo de apenas 16 anos, João Filipe é indubitavelmente uma das grandes esperanças de todo o Caixa Futebol Campus. Uma temporada após a conquista do Campeonato Nacional de Iniciados, impôs-se na equipa A de juvenis e até já jogou pelos juniores, almejando neste momento altos voos no futebol. A convite do Jovens Promessas, aceitou conversar um pouco sobre a sua curta carreira. Confira.


Natural de Lisboa, desde os sete anos que representa o Benfica. Como chegou ao clube?

Antes de ingressar no Benfica, representei durante um mês o GC Corroios. No primeiro torneio realizado com a camisola do Corroios, no campo Carla Sacramento, os olheiros do Benfica estavam presentes e a minha equipa conseguiu chegar à final. Ganhámos 11-0, tendo os onze golos sido apontados por mim. Depois do torneio, os olheiros do Benfica falaram com os meus pais e disseram que queriam que fosse realizar alguns treinos ao clube. Depois de realizados esses treinos, eles disseram que queriam que eu ficasse no Benfica. E assim foi, passei a fazer parte desta instituição.

Na transição para o escalão de iniciados, passou a evoluir no Caixa Futebol Campus. Como é o seu dia-a-dia desde então?

Com a transição do campo dos Pupilos do Exército para o Centro de Estágio do Benfica, a minha vida começou ser muito mais planeada, pois tenho de conciliar os estudos e o futebol da melhor maneira possível. Acordo de manhã, vou para a escola e depois da escola venho para casa. Na parte da tarde, vou para o Centro de Estágio, primeiro para o ginásio, depois para o treino técnico e, de seguida, para o treino com a equipa. Após os treinos, volto para casa.

Na temporada seguinte, sagrou-se campeão nacional de iniciados, confirmando o título com uma vitória frente ao FC Porto (2-3). Sabendo-se da rivalidade existente, é importante perguntar: houve algum problema no Olival entre pessoas do Benfica e do FC Porto?

Depois de nos termos sagrados campeões no Olival, não houve qualquer tipo de problemas entre as duas equipas.

Na presente temporada, o seu crescimento tem sido sem dúvida enorme. Transitou diretamente para a equipa de juvenis A e até já jogou pelos juniores. Que aspetos do seu jogo pretende melhorar num futuro próximo?

O aspeto do meu jogo que pretendo melhorar é o jogo aéreo.


Quais são, na sua opinião, os principais pontos fortes da Academia do Seixal?

Na minha opinião, os pontos fortes do Centro de Estágio são a organização e competência das pessoas e dos departamentos do Benfica e o facto de darem aos jogadores todos os recursos de que necessitem para melhorar todos os dias. Considero também as nossas infraestruturas muito boas.

Recentemente, a máquina 360S, grande trunfo do Caixa Futebol Campus, foi notícia a nível nacional. Já teve oportunidade de a experimentar? O que tem a dizer sobre a mesma?

Infelizmente, ainda não tive oportunidade de a experimentar, mas penso que foi uma ideia muito boa pois há muitos aspectos técnicos, tanto de jogadores de campo, como de guarda-redes, que podem ser treinados e aperfeiçoados na máquina, contribuindo assim para uma maior evolução de cada atleta.

Embora o clube tenha nos últimos anos conseguido formar jogadores de excelente nível, o aproveitamento não tem sido o melhor. Como é encarada no balneário cada saída de atletas formados no clube? Verifica-se neste momento um clima de confiança relativamente ao futuro?

Eu penso que estamos perante um ciclo onde a aposta na formação será cada vez mais frequente e serão cada vez mais os jogadores a treinar e a jogar na equipa principal do Benfica. Portanto, o clima é de grande expectativa e confiança em relação ao futuro, sabendo que continuará a ser muito difícil chegar lá, pois apenas os melhores e os que trabalharem mais e cumprirem mais conseguirão alcançar esse objectivo.

Cada vez mais pessoas conhecem o João Filipe que se vai destacando no Seixal, mas poucos sabem como é o João Filipe fora dos relvados. Na escola, por exemplo, destaca-se tanto como com uma bola nos pés? Fale-nos um pouco de si.


Este ano entrei para o décimo ano, na área de Ciências Sócioeconómicas. Nos primeiro e segundo períodos, entrei no Quadro de Mérito, tendo acabado os dois períodos com uma média de 15. Apesar de achar que poderia ter tido melhores notas, considero que as que tive já foram muito boas visto que, com o passar dos anos, a conciliação da escola com o futebol é cada vez mais difícil. E agora com as seleções são cada vez menos as aulas em que estou presente, sendo o tempo de estudo também muito reduzido, mas tento sempre estudar o máximo de tempo possível. Enquanto pessoa, considero-me divertido e gosto de estar com os meus amigos e a minha família, sendo a minha maior paixão o futebol.


Se, por algum motivo, não conseguir chegar ao futebol profissional, o que pretende fazer? Tem um plano B?

Não penso muitas vezes nisso, mas por isso mesmo continuo empenhado nos estudos, Um dia, quem sabe, se o futebol não der por alguma razão terei sempre um plano B, embora ache que se não me tornar jogador profissional continuarei sempre ligado ao futebol.

Como imagina a sua carreira daqui a dez anos?

Daqui a dez anos, espero ter-me tornado jogador profissional de futebol, contando já com muitas conquistas.

A dois toques

Melhor jogador com quem partilhou balneário: José Gomes [ponta de lança do Benfica]
Futebolista favorito: Neymar, Messi e Ronaldo
Equipa que mais prazer lhe dá ver jogar: Bayern Munique

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