Extremo de apenas 16 anos, João Filipe é indubitavelmente uma das grandes esperanças de todo o Caixa Futebol Campus. Uma temporada após a conquista do Campeonato Nacional de Iniciados, impôs-se na equipa A de juvenis e até já jogou pelos juniores, almejando neste momento altos voos no futebol. A convite do Jovens Promessas, aceitou conversar um pouco sobre a sua curta carreira. Confira.
Natural
de Lisboa, desde os sete anos que representa o Benfica. Como chegou
ao clube?
Antes
de ingressar no Benfica, representei durante um mês o GC Corroios.
No primeiro torneio realizado com a camisola do Corroios, no campo
Carla Sacramento, os olheiros do Benfica estavam presentes e a minha
equipa conseguiu chegar à final. Ganhámos 11-0, tendo os onze golos
sido apontados por mim. Depois do torneio, os olheiros do Benfica
falaram com os meus pais e disseram que queriam que fosse realizar
alguns treinos ao clube. Depois de realizados esses treinos, eles
disseram que queriam que eu ficasse no Benfica. E assim foi, passei a
fazer parte desta instituição.
Na
transição para o escalão de iniciados, passou a evoluir no Caixa
Futebol Campus. Como é o seu dia-a-dia desde então?
Com
a transição do campo dos Pupilos do Exército para o Centro de
Estágio do Benfica, a minha vida começou ser muito mais planeada,
pois tenho de conciliar os estudos e o futebol da melhor maneira
possível. Acordo de manhã, vou para a escola e depois da escola
venho para casa. Na parte da tarde, vou para o Centro de Estágio,
primeiro para o ginásio, depois para o treino técnico e, de
seguida, para o treino com a equipa. Após os treinos, volto para
casa.
Na
temporada seguinte, sagrou-se campeão nacional de iniciados,
confirmando o título com uma vitória frente ao FC Porto (2-3).
Sabendo-se da rivalidade existente, é importante perguntar: houve
algum problema no Olival entre pessoas do Benfica e do FC Porto?
Depois
de nos termos sagrados campeões no Olival, não houve qualquer tipo
de problemas entre as duas equipas.
Na
presente temporada, o seu crescimento tem sido sem dúvida enorme.
Transitou diretamente para a equipa de juvenis A e até já jogou
pelos juniores. Que aspetos do seu jogo pretende melhorar num futuro
próximo?
O
aspeto do meu jogo que pretendo melhorar é o jogo aéreo.
Quais
são, na sua opinião, os principais pontos fortes da Academia do
Seixal?
Na
minha opinião, os pontos fortes do Centro de Estágio são a
organização e competência das pessoas e dos departamentos do
Benfica e o facto de darem aos jogadores todos os recursos de que
necessitem para melhorar todos os dias. Considero também as nossas
infraestruturas muito boas.
Recentemente,
a máquina 360S, grande trunfo do Caixa Futebol Campus, foi notícia
a nível nacional. Já teve oportunidade de a experimentar? O que tem
a dizer sobre a mesma?
Infelizmente,
ainda não tive oportunidade de a experimentar, mas penso que foi uma
ideia muito boa pois há muitos aspectos técnicos, tanto de
jogadores de campo, como de guarda-redes, que podem ser treinados e
aperfeiçoados na máquina, contribuindo assim para uma maior
evolução de cada atleta.
Embora
o clube tenha nos últimos anos conseguido formar jogadores de
excelente nível, o aproveitamento não tem sido o melhor. Como é
encarada no balneário cada saída de atletas formados no clube?
Verifica-se neste momento um clima de confiança relativamente ao
futuro?
Eu
penso que estamos perante um ciclo onde a aposta na formação será
cada vez mais frequente e serão cada vez mais os jogadores a treinar
e a jogar na equipa principal do Benfica. Portanto, o clima é de
grande expectativa e confiança em relação ao futuro, sabendo que
continuará a ser muito difícil chegar lá, pois apenas os melhores
e os que trabalharem mais e cumprirem mais conseguirão alcançar
esse objectivo.
Cada
vez mais pessoas conhecem o João Filipe que se vai destacando no
Seixal, mas poucos sabem como é o João Filipe fora dos relvados. Na
escola, por exemplo, destaca-se tanto como com uma bola nos pés?
Fale-nos um pouco de si.
Este
ano entrei para o décimo ano, na área de Ciências Sócioeconómicas.
Nos primeiro e segundo períodos, entrei no Quadro de Mérito, tendo
acabado os dois períodos com uma média de 15. Apesar de achar que
poderia ter tido melhores notas, considero que as que tive já foram
muito boas visto que, com o passar dos anos, a conciliação da
escola com o futebol é cada vez mais difícil. E agora com as
seleções são cada vez menos as aulas em que estou presente, sendo
o tempo de estudo também muito reduzido, mas tento sempre estudar o
máximo de tempo possível. Enquanto pessoa, considero-me divertido e
gosto de estar com os meus amigos e a minha família, sendo a minha
maior paixão o futebol.
Se,
por algum motivo, não conseguir chegar ao futebol profissional, o
que pretende fazer? Tem um plano B?
Não
penso muitas vezes nisso, mas por isso mesmo continuo empenhado nos
estudos, Um dia, quem sabe, se o futebol não der por alguma razão
terei sempre um plano B, embora ache que se não me tornar jogador
profissional continuarei sempre ligado ao futebol.
Como
imagina a sua carreira daqui a dez anos?
Daqui
a dez anos, espero ter-me tornado jogador profissional de futebol,
contando já com muitas conquistas.
A
dois toques
Melhor
jogador com quem partilhou balneário: José
Gomes [ponta de lança do Benfica]
Futebolista
favorito: Neymar,
Messi e Ronaldo
Equipa
que mais prazer lhe dá ver jogar: Bayern
Munique