Publicado na AABE
"Contabilizando somente dezasseis primaveras, o
polivalente Gedson Fernandes é, no que ao escalão de juvenis diz respeito, uma
das grandes surpresas da temporada. A forma como se impôs num plantel
maioritariamente composto por atletas mais velhos e sobretudo a conquista de um
lugar na seleção portuguesa de sub-17 fazem dele um dos valores mais seguros da
muito interessante geração de 1999 do Benfica.
Jogador de ascendência são-tomense, Gedson
chegou ao Seixal proveniente do Sport Clube Frielas, da AF Lisboa. Apesar dos
bons desempenhos nos primeiros tempos de águia ao peito, foi na temporada
passada que mais deu nas vistas. Ao lado de jogadores como José Gomes, João
Filipe ou Jordan van der Gaag, sagrou-se, após vitória por 2-3 no terreno do FC
Porto, campeão nacional de iniciados, dando início a um palmarés que se prevê
extenso.
Devido à importância que teve na caminhada para
o título, transitou diretamente para a equipa de Juvenis A, onde rapidamente se
assumiu como peça importante. Destaque desde logo no Caixa Futebol Campus, a
sua afirmação chegou igualmente aos ouvidos de Filipe Ramos, selecionador
nacional sub-17, que prontamente o promoveu ao escalão.
Quando questionado pelo autor destas linhas
relativamente ao potencial do atleta, Rafael Reis, jornalista de 'VAVEL' e 'A
Bola', parece não ter dúvidas: "embora Gedson
seja ainda juvenil e necessite de completar algumas etapas na sua formação,
neste momento possui todas as competências para se prever que poderá ter uma
carreira de sucesso. Digo isto precisamente pelo facto de ter já desenvolvido
diversas competências que usualmente podem demorar um pouco mais a trabalhar
num futebolista".
Em seguida, inicia a
descrição propriamente dita do internacional sub-17: "o aspecto que mais me impressiona em Gedson
Fernandes é a componente física e a forma como a adequou a diversas funções no
terreno. Assim, se numa fase mais anterior da sua formação chegou a ser tido
como um mero ponta-de-lança, o desenvolvimento que conheceu nas vertentes
tática e técnica fez com que fosse capaz de recuar no terreno e aprimorasse as
suas qualidades. Hoje em dia é até difícil precisar qual a sua posição
preferencial".
"A
inteligência ao nível posicional e na entrega da bola e a qualidade técnica
podem torná-lo num moderno 10, num 8 (evoluiu também bastante na recuperação da
bola) ou, quem sabe, num muito oportunista segundo avançado". Para além
disso, Gedson possui um elevado poder de explosão, boa capacidade na construção
e organização de jogo e inteligência nos movimentos de rutura."