Relatório: José Giménez (Atlético de Madrid)

Antes de ter conhecimento que integrava a lista de eleitos do Uruguai para o Campeonato do Mundo, José Giménez confessou em entrevista à “FIFA” que estar presente na fase final da competição constituía um sonho que acarretava desde 2002. Com sete anos, na pequena cidade de Toledo no Uruguai, acordava bem cedo para ver o Mundial da Coreia e do Japão, algo que lhe alimentava o desejo de vir a ser parte integrante de tão grandiosa competição. Alimentado por esse grande objectivo, o rigor e exigência que colocou a si mesmo ao longo de toda a formação fizeram com que tudo se processasse de forma célere. Aos 19 anos, estrear-se-ia com a camisola do Uruguai enquanto titular no tão ambicionado Mundial.
Vice-campeão do mundo de sub-20 ao serviço do Uruguai no ano de 2013, despertou a cobiça do Atlético de Madrid, que garantiu o concurso do compatriota de Diego Godín. Aproveitando a lesão de Diego Lugano, surgiu como titular nos encontros diante de Itália e Inglaterra para formar com Godín a dupla de centrais que poderá muito bem ser a do campeão espanhol na próxima temporada.

Embora só tenha 19 anos de idade, impressiona pela maturidade competitiva e pela postura que apresenta. Não é particularmente rápido, algo que compensa com o forte sentido posicional. A qualidade a nível do desarme é uma das suas principais características. Não é, para já, particularmente dotado no que diz respeito ao passe longo. O 1x1 é também um aspecto naturalmente a melhorar. Fisicamente forte, é um atleta interessante em termos de jogo aéreo.

Com a afirmação neste Mundial e a saída de Miranda a confirmar-se, caminha a passos largos para ser alternativa principal no esquema de Diego Simeone.