No Rio Ave desde a época transata, Diego Lopes é um dos nomes a destacar nesta temporada. Finalmente indiscutível na primeira equipa de Nuno, tem revelado uma clarividência acima do normal para a idade. Poderá vir a ser o “10” de que o campeonato português já sente falta.
O jogador chegou a Portugal com 15 anos, para a formação do Benfica. Mostrou qualidade, mas sempre na sombra de nomes como Nelson Oliveira, Miguel Rosa, ou André Gomes. No entanto, e ainda com idade de júnior, foi emprestado ao Rio Ave. Depois de alguns meses de adaptação, começou a aparecer com mais frequência na equipa de Nuno, a meio da temporada passada.
Diego Lopes destaca-se pela criatividade. Tecnicamente evoluído, não é tão exuberante como outrora nas fintas que executa, tornando-se um jogador mais objetivo. A velocidade não é o seu ponto forte, mas compensa perfeitamente com outro tipo de velocidade: a de pensamento. A transição ofensiva rioavista beneficia muito com a rapidez que dá ao jogo, e com a qualidade no último passe.
Numa altura em que a maior parte das equipas de média dimensão da liga portuguesa não apostam em jogadores criativos, ou prefere encosta-los a uma das alas, Diego Lopes é um oásis neste deserto de criatividade.
Tem contra si a necessidade de muito espaço para colocar em prática os seus pontos fortes, e o défice de qualidade a defender. Mas são dois aspetos que poderá facilmente corrigir com o tempo. Representado por Jorge Mendes há vários anos, tem aí mais um fator para uma carreira com futuro.