Embora ainda pouco conhecido, Rui Pedro é a nova pérola da formação do FC Porto. No clube desde o escalão de iniciados, o ponta de lança de apenas 16 anos é já importante nos juniores e até já se estreou na Segunda Liga, ao serviço da equipa B. Conheça-o no Jovens Promessas.
Esta
temporada, tem sido um dos principais destaques da formação do FC
Porto. O que mudou na sua vida desde que começou a ter este enorme
protagonismo?
Eu
não sou de ligar muito ao protagonismo. Apenas faço o meu
trabalho dentro do campo: marcar e ajudar a equipa a fazer o melhor
possível.
Apesar
da idade, já se estreou no segundo escalão do futebol português,
numa deslocação ao terreno da Oliveirense. Quais as principais
diferenças que encontra entre o Nacional de Juniores e a Liga de
Honra?
Não
há diferenças nenhumas quando na nossa cabeça há único objetivo,
que é ser jogador profissional. A mudança só me ajudou a evoluir.
Igualmente
espantoso é o facto de já ter sido presença em sessões de treino
orientadas por Julen Lopetegui. Que feedback ou
que conselhos tem recebido por parte do técnico espanhol?
Não
tenho ido lá muitas vezes. Só tenho ido á B. À equipa A fui uma
vez e lesionei-me logo. Tive azar, mas vou continuar a trabalhar.
Recentemente,
Rúben Neves surpreendeu a nação ao transitar diretamente da equipa
de juvenis para o plantel principal. O que poucos terão reparado é
que, ainda como sub-17, chegou a ser convocado para jogos da formação
secundária, mas sem atuar, algo que o Rui Pedro já fez. Sente que a
pressão é maior por isso?
Não.
Por acaso, nem sabia disso, sou-lhe sincero. Mas, agora que sei, é
mais uma força para trabalhar ainda mais. Quando se quer muito
ajudar a família depois de tudo o que se passou, há que ter atitude
e capacidade de sacrifício.
Acredita
que tem possibilidade de, na próxima época, imitar o internacional
sub-21 e conquistar um lugar na equipa A?
Possibilidade
acho que todos temos, porque cada um tem a sua qualidade, não é?...
Mas não quero pensar muito no futuro, quero apenas viver o presente.
O que já conquistei é muito bom.
Sente
que tem algum azar por começar a aparecer numa altura em que André
Silva e Gonçalo Paciência, dois dos mais talentosos pontas de lança
portugueses, estão no começo das suas carreiras?
Somos
os três diferentes e não me sinto inferior a nenhum. Mas sou muito
novo e não penso muito nisso.
Ao
que pudemos apurar, é agenciado por Alexandre Pinto da Costa, filho
do presidente da instituição. Foi mais fácil aceitar a proposta
devido à ascendência do empresário?
Não,
eu só quero aqui deixar claro que o meu empresário faz o melhor por
mim. As pessoas não podem pensar que só por ele ser filho do
presidente eu tenho mais facilidades... Isso não é verdade.
Neste
momento, é parte integrante da seleção sub-17, que disputa a
qualificação para o Europeu. Consegue, sem rodeios, apontar o
jogador mais talentoso desta geração?
Para
mim, é o Moreto Cassamá. De facto, é um excelente capitão e,
dentro do campo, um exemplo.
Quais
as principais características do seu jogo e que aspetos crê que tem
de melhorar?
Tenho
de melhorar os movimentos de rutura e a minha velocidade. As minhas
principais características são a força, a técnica e a capacidade
de finalização, penso eu.
Como
imagina a sua carreira daqui a dez anos?
Não
consigo imaginar isso, peço desculpa. Tenho de continuar como estou.