domingo, 15 de fevereiro de 2015

Entrevista a Rui Pedro (FC Porto)

Embora ainda pouco conhecido, Rui Pedro é a nova pérola da formação do FC Porto. No clube desde o escalão de iniciados, o ponta de lança de apenas 16 anos é já importante nos juniores e até já se estreou na Segunda Liga, ao serviço da equipa B. Conheça-o no Jovens Promessas.


Esta temporada, tem sido um dos principais destaques da formação do FC Porto. O que mudou na sua vida desde que começou a ter este enorme protagonismo?

Eu não sou de ligar muito ao protagonismo. Apenas faço o meu trabalho dentro do campo: marcar e ajudar a equipa a fazer o melhor possível.

Apesar da idade, já se estreou no segundo escalão do futebol português, numa deslocação ao terreno da Oliveirense. Quais as principais diferenças que encontra entre o Nacional de Juniores e a Liga de Honra?

Não há diferenças nenhumas quando na nossa cabeça há único objetivo, que é ser jogador profissional. A mudança só me ajudou a evoluir.

Igualmente espantoso é o facto de já ter sido presença em sessões de treino orientadas por Julen Lopetegui. Que feedback ou que conselhos tem recebido por parte do técnico espanhol?

Não tenho ido lá muitas vezes. Só tenho ido á B. À equipa A fui uma vez e lesionei-me logo. Tive azar, mas vou continuar a trabalhar.

Recentemente, Rúben Neves surpreendeu a nação ao transitar diretamente da equipa de juvenis para o plantel principal. O que poucos terão reparado é que, ainda como sub-17, chegou a ser convocado para jogos da formação secundária, mas sem atuar, algo que o Rui Pedro já fez. Sente que a pressão é maior por isso?

Não. Por acaso, nem sabia disso, sou-lhe sincero. Mas, agora que sei, é mais uma força para trabalhar ainda mais. Quando se quer muito ajudar a família depois de tudo o que se passou, há que ter atitude e capacidade de sacrifício.

Acredita que tem possibilidade de, na próxima época, imitar o internacional sub-21 e conquistar um lugar na equipa A?

Possibilidade acho que todos temos, porque cada um tem a sua qualidade, não é?... Mas não quero pensar muito no futuro, quero apenas viver o presente. O que já conquistei é muito bom.

Sente que tem algum azar por começar a aparecer numa altura em que André Silva e Gonçalo Paciência, dois dos mais talentosos pontas de lança portugueses, estão no começo das suas carreiras?

Somos os três diferentes e não me sinto inferior a nenhum. Mas sou muito novo e não penso muito nisso.

Ao que pudemos apurar, é agenciado por Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente da instituição. Foi mais fácil aceitar a proposta devido à ascendência do empresário?

Não, eu só quero aqui deixar claro que o meu empresário faz o melhor por mim. As pessoas não podem pensar que só por ele ser filho do presidente eu tenho mais facilidades... Isso não é verdade.

Neste momento, é parte integrante da seleção sub-17, que disputa a qualificação para o Europeu. Consegue, sem rodeios, apontar o jogador mais talentoso desta geração?

Para mim, é o Moreto Cassamá. De facto, é um excelente capitão e, dentro do campo, um exemplo.

Quais as principais características do seu jogo e que aspetos crê que tem de melhorar?

Tenho de melhorar os movimentos de rutura e a minha velocidade. As minhas principais características são a força, a técnica e a capacidade de finalização, penso eu.

Como imagina a sua carreira daqui a dez anos?

Não consigo imaginar isso, peço desculpa. Tenho de continuar como estou.



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