sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Entrevista a Tiago Dias (SL Benfica)



Atualmente juvenil de segundo ano, o extremo Tiago Dias deu os primeiros passos no futebol ao serviço do Sporting CP, clube que de resto representou durante várias temporadas. Contudo, após a conquista do Nacional de Iniciados em 2013, aceitou o convite do Benfica e rumou ao Seixal. Saiba, então, os motivos que levaram o atleta a abandonar Alcochete.


Jovens Promessas – Em declarações concedidas à AABE - Associação de Adeptos Benfiquistas, afirmou que a mudança para o Seixal se deveu ao facto de ser benfiquista e de o clube da Luz lhe ter oferecido condições completamente diferentes daquelas que o Sporting lhe propunha. A que condições se referia?

Tiago Dias – Referia-me às melhores condições de trabalho que o Benfica me dá e também à ajuda financeira.

JP – Por que motivo deu os primeiros passos nas camadas jovens dos leões? Influência de algum familiar...?

TD – Não. Naquela altura, o Sporting e o Benfica queriam-me e, como o local dos treinos do Sporting era mais perto de minha casa, optei por ir para o Sporting.

JP – Já teve problemas pelo facto de ter trocado o Sporting pelo rival da Segunda Circular? Algum responsável do clube de Alvalade voltou a abordá-lo?

TD – Sim, alguns responsáveis do clube perguntaram-me o porquê [de me ter transferido para o Benfica].

JP – Nos últimos tempos, muito se tem falado nas mudanças que têm ocorrido na Academia de Alcochete. Chegou a sentir o declínio da formação leonina? Isto é, notou que a organização e a estrutura estavam a perder qualidade?

TD – Sim, notei que algo não estava bem naquela altura. Pareceu-me um declínio. Hoje em dia, acho que a formação do Sporting perde muito em relação à do Benfica.

JP – Apesar de tudo, a verdade é que tanto a Academia de Alcochete como o Caixa Futebol Campus são duas das referências do futebol de formação em Portugal. Quais as principais diferenças que encontra entre os dois centros de treinos?

TD – As condições do Centro de Estágio [do Seixal] são melhores que as da Academia e a forma de trabalhar também é melhor.

JP – Um dos principais temas de destaque na atualidade do futebol jovem é a tabela classificativa da série D do Nacional de Juvenis. De forma surpreendente, Sacavenense e Real Massamá ocupam as posições de acesso à próxima fase, com Benfica e Sporting nas terceira e quarta posições, respetivamente. Que fatores estarão na origem desta classificação?

TD – Vou falar da minha equipa em particular: na minha opinião, o facto de no inicio termos encarado esta série como sendo fácil levou a esta situação... Acabámos por ser surpreendidos.

JP – De forma direta, consegue apontar o atleta mais talentoso da geração de 98 do Benfica?

TD – Acho que há vários jogadores com grande talento, como o Zé Gomes [que, apesar de já estar na equipa de Juvenis A, nasceu em 1999], o João Tavares ou o Ricardo Mangas.

JP – Muitos dos leitores da "Jovens Promessas" nunca o viram atuar. Como se define enquanto jogador? Quais os seus pontos fortes?

TD – Sou um jogador rápido com e sem bola, muito forte tecnicamente e no 1x1 e tenho boa capacidade de finalização.

JP – Certamente que se imagina a jogar de águia ao peito num Estádio da Luz cheio. Com que idade pensa ser possível chegar à primeira equipa do clube?

TD – É sem dúvida o meu sonho! Acho que com dezoito anos posso lá chegar.

JP – Como imagina a sua carreira daqui a dez anos?

TD – Imagino-me a jogar num clube de topo do futebol mundial.

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