Publicado na AABE:
"Capitão da atual equipa de Juvenis A
do Benfica, Jorge Pereira perfila-se como um dos bons valores da
geração de 98 do futebol encarnado. Internacional português no
escalão de sub-17, é atualmente opção regular na fase de
qualificação para o Europeu da categoria, a realizar em 2015.
Natural de São João da Madeira, deu
os primeiros passos na Sanjoanense local. Destacou-se dos demais,
chamando a atenção dos olheiros das águias, e não tardou a dar o
salto para o clube da capital. Em condições normais, teria
continuado a viver no norte do país, mas o seu potencial era
demasiado grande para ser desperdiçado em viagens quase diárias a
Lisboa.
Em conversa com o responsável por esta
rubrica, Jorge Pereira explica como foram os primeiros tempos no
Benfica: "cheguei
ao Centro de Estágio com a idade de infantil de primeiro ano. Jogava
no Campo dos Pupilos do Exército, mas às vezes treinava aqui com os
iniciados. Era o único da minha idade a viver cá [,
no Caixa Futebol Campus]."
Como
tal, em comparação com os seus colegas, amadureceu mais, tanto
dentro, como fora das quatro linhas. Por essa razão, foi ao longo do
seu percurso de águia ao peito elemento imprescindível na
estratégia dos diferentes técnicos que o orientaram. Não venceu
até ao momento qualquer título oficial, é certo, mas esse facto
deve-se principalmente à menor qualidade global da sua geração,
relativamente a outras igualmente recentes.
Tem,
então, pelas razões supracitadas, legítimas aspirações a chegar
ao mais alto patamar dentro do clube: a equipa de seniores. Quando
confrontado pelo autor destas linhas sobre a idade com que tenciona
fazê-lo, Jorge foi perentório e não teve dúvidas em afirmar que
"quero chegar à equipa principal no meu segundo ano de sénior",
provavelmente após uma época de ambientação ao futebol
profissional, ao serviço dos "bês" do Benfica.
Médio
defensivo de construção, Jorge Pereira destaca-se pela sua exemplar
leitura de jogo e pelo excelente posicionamento, atributos que lhe
permitem roubar bolas à equipa adversária sem recorrer ao desarme e
ao contacto físico. Evidencia ainda qualidade de passe, pragmatismo
e maturidade nas suas ações e tem por hábito receber a bola junto
dos centrais, para começar as jogadas ofensivas, assumindo-se assim
como autêntico estratega do seu conjunto."