Jogando como elemento mais recuado do 4x3x3 escalonado pelo técnico do Barça, o mediatismo de um jogo da Liga dos Campeões fez com que a imprensa internacional rapidamente colocasse Samper na pista de Busquets. E de facto, as características de Samper remetem-nos para essa comparação. Não sendo um dos mais exuberantes talentos formados pela academia do Barça, é com naturalidade que surgem as associações a um homem que faz quase que um “trabalho invisível” no esquema dos “Blaugrana”.
Samper faz parte da nova linha de “6” que os treinadores têm privilegiado, e é este perfil que no Barcelona se pretende: Mais cerebral que físico. Fluidez a soltar a bola, qualidade no toque, critério na movimentação e no posicionamento. Note-se também a forma como lê o jogo e aborda os lances, o que lhe confere a capacidade de jogar mais subido no terreno. Aliás, Samper fez boa parte da sua formação numa posição mais avançada.
Em entrevista à Barça TV, Samper confessou que Xavi foi durante vários anos o seu principal modelo, mas deu razão ao que a imprensa tem escrito: Nos últimos tempos, por influência da fixação na posição “6”, passou a dar mais atenção aos jogos de Sergio Busquets.
Este ano, apesar do voto de confiança dado por Luis Enrique, é expectável que continue a jogar essencialmente pela equipa B. No entanto, na próxima temporada, ascender em definitivo à equipa principal poderá ser uma realidade e aí travará um interessante duelo precisamente com Busquets, seu concorrente directo e… Modelo que molda a sua forma de jogar.