Denis Martins é atualmente uma das grandes esperanças da formação do Vitória de Guimarães. Após passagens por Benfica e União de Leiria, reforçou os minhotos e, logo no segundo ano, foi um importante pilar na conquista do Campeonato Nacional de Juvenis, conseguindo naturalmente o acesso à seleção nacional. A convite do Jovens Promessas, aceitou falar um pouco sobre aquilo que foi a sua carreira até ao momento. Confira.
Representou
bastante jovem o Benfica, até se mudar, em 2011, para a União de
Leiria. Que fatores ditaram a sua saída das águias?
Saí
do Benfica porque na altura eles não contavam mais comigo, e acharam
era melhor para mim sair.
Após
somente duas temporadas, distribuídas pela União e pel'Os
Sandinenses, assinou pelo Vitória de Guimarães. Como surgiu a
oportunidade de rumar à equipa do Minho?
O
Vitória SC tinha interesse em que eu viesse para cá logo após a
saída do Benfica, mas a decidi ficar um ano na União de Leiria,
onde evoluí muito tecnicamente e, sobretudo, psicologicamente...
Passado esse ano, houve a oportunidade de vir para o Vitória, mas
acabei por ficar n'Os Sandinenses, antigo clube-satélite do Vitória,
onde joguei o Campeonato Nacional de Juvenis.
Considerando
que durante uma temporada evoluiu no Caixa Futebol Campus, que
condições de trabalho encontrou no clube minhoto?
Encontrei
condições de trabalho muito boas. Nunca me faltou nada. O Vitória
está no lote dos quatro ou cinco clubes que melhores condições têm
em Portugal.
E
a nível do treino em si, que diferenças identifica entre Benfica e
Vitória? Consegue eleger o que tem melhores métodos?
São
clubes com diferentes condições e, por isso, diferentes métodos de
trabalho, mas ambos com um nível muito positivo. Não é por acaso
que na época passada fui campeão nacional de juvenis. A partir
disto há provas de que no Vitória os métodos utilizados são muito
bons.
Como
referiu, no seu segundo ano, sagrou-se campeão nacional de juvenis,
superando os ditos grandes do futebol português. Soube ainda melhor
por ter ficado à frente do clube que o dispensou?
Não,
isso para mim não teve valor algum. Já passou e já ultrapassei
essa situação. Não ficou nenhum rancor. Para mim, o que teve valor
foi mesmo ganhar a competição, a mais importante do escalão a
nível nacional. Recordo aquele momento com muito orgulho e
felicidade.
Houve,
nos meses que se seguiram, abordagens de outros clubes no sentido de
o contratar ao Vitória?
Sim,
houve. Mas, para mim, não faz nem fazia sentido sair do clube onde
era e sou feliz, e que me tem ajudado a evoluir. Certamente que
continuará.
No
Seixal, cruzou-se com uma geração fantástica (Renato Sanches,
Gonçalo e Pedro Rodrigues, João Carvalho...). Sente que poderia
ainda jogar no Benfica e ter o protagonismo que estes têm tido?
Isso,
sinceramente, não lhe sei dizer. São jogadores de enorme qualidade.
Não escondo que o meu objectivo é jogar entre os melhores, e se
algum dia o concretizar acredito que eles lá estarão também.
Recentemente,
assinou contrato profissional com o Vitória SC. Já treina
regularmente com a equipa B? Que contacto tem com Rui Vitória,
técnico do plantel principal?
Sou
chamado algumas vezes, tanto para treinar na equipa B, como na equipa
A. O contacto que tenho com o mister Rui Vitória é o normal entre
treinador e jogador.
Fala-se
muito da rivalidade entre o Vitória de Guimarães e o Braga... Quão
intensa é essa disputa no futebol de formação?
No
futebol de formação é tão intensa como em seniores. São jogos
intensos, e onde há sempre picardias dos adeptos.
Como
imagina a sua carreira daqui a dez anos?
Todos
os jogadores de futebol sonham e imaginam as suas carreiras em
grandes clubes, e com um grande nível de vida. E eu não sou
excepção. Gostava de jogar no Chelsea ou no Real Madrid.