Publicado na AABE:
"Capitão da atual equipa de juniores do
Benfica, André Ferreira é um dos bons valores da fornada de 96. Num
posto tão complicado como o de guarda-redes, sabe que chegar ao
plantel principal será sempre tarefa complicada, mas poderá dentro
de algumas temporadas beneficiar da instabilidade que tem afetado a
baliza das águias e conquistar o seu espaço. Para já, tem à sua
frente Júlio César, Artur Moraes e Bruno Varela.
Natural de Vila Nova de Gaia, o jovem
guardião conta com um percurso algo atípico, tendo em conta a idade
com que chegou à formação de um grande. Após passagens por
Pasteleira e Boavista, deu nas vistas na primeira metade da temporada
2012/13, ao serviço dos juniores do Nogueirense, e deu o salto para
a equipa de Juvenis A do Benfica.
Com naturalidade, afirmou-se no Caixa
Futebol Campus e logo nos primeiros meses de águia ao peito
sagrou-se campeão nacional de sub-17. Ao seu lado, recorde-se,
destacaram-se atletas como Romário Baldé, Gonçalo Guedes, Renato
Sanches ou Guga Rodrigues. No ano seguinte, contudo, evoluiu na
sombra de Thierry Graça, que à custa de excelentes exibições na
primeira edição da UEFA Youth League acabou por ser um dos
destaques da equipa de juniores.
Nesta última temporada da sua
formação, André Ferreira voltou a ganhar protagonismo e não só
agarrou a titularidade como assumiu a braçadeira de capitão, facto
que demonstra o respeito que os seus colegas têm por si. Os números,
esses, jogam a seu favor. Até ao momento, nas duas competições em
que o clube está inserido, sofreu apenas seis golos, sendo, com
larga vantagem, o guardião menos batido da 1ª Divisão do
Campeonato Nacional de Juniores.
Seguro e fiável, André Ferreira
transmite à sua equipa confiança ao longo de todo o encontro. Forte
nas bolas altas, evidencia reflexos apurados, bom 'timing' de saída
da baliza e qualidade na mancha. Para além disso, é competente a
iniciar jogadas de ataque com as mãos e possui um razoável jogo de
pés. Pela negativa, de destacar o facto de muitas vezes defender
remates fortes para a frente, para o interior da área – a zona de
perigo –, em vez de desviar em direção às linhas laterais."