sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Entrevista a Tomás Foles (Sporting CP)



Jovens Promessas – Natural de Pinhal Novo, iniciou-se na modalidade no clube local, o Pinhalnovense. Anos depois, em 2007, deu o salto para o Sporting, instituição que desde então tem representado. No entanto, nem sempre atuou na Academia, já que apenas em 2011 transitou para o escalão de iniciados. Tendo em conta a triagem que é feita, quão difícil é a passagem do Estádio Universitário para Alcochete?


Tomás Foles – A principal dificuldade é habituarmo-nos às exigências da Academia, pois os treinos são de outra qualidade e de outra intensidade. Mas os jogadores são mentalmente fortes, é apenas uma questão de tempo.

JP – Há quem considere o grupo em que está hoje inserido um dos mais talentosos da formação do Sporting nas últimas épocas. Se lhe pedisse para, de forma direta, apontar um jogador que chegará aos seniores, quem diria?

TF – Não vou dizer nomes, porque o que hoje é uma certeza amanhã pode ser mentira. Há seis ou sete elementos que podem realmente lá chegar, mas tudo depende deles.

JP – Quais são os objetivos da equipa de juvenis A para esta temporada? Há duas épocas, a mesma geração venceu o Campeonato Nacional de Iniciados, mas entretanto Moreto Cassamá e Idrisa Sambu rumaram ao FC Porto. Sentem que, ainda assim, o título é este ano um objetivo possível?

TF – Claro! Isso nunca foi posto em causa. Perdemos dois elementos de grande qualidade, mas temos jogadores que fazem as posições bastante bem, logo, o título é um objetivo. 

JP – Recentemente, o Sporting passou a ter o seu próprio canal de televisão. De agora em diante, e tal como já sucedia em clubes rivais, alguns jogos das camadas jovens serão transmitidos, ficando ao alcance de qualquer pessoa. Considera que, por esse motivo, a pressão será maior?

TF – Não, nem de longe! Nós sabemos do nosso potencial e quando estamos em campo não ligamos ao que está fora das quatro linhas. Além disso, temos grande qualidade, por isso, não há pressão nenhuma.

JP – Muitos dos nossos leitores nunca o viram a jogar. Como se define como jogador?

TF – Na minha opinião, sou um jogador determinado, objetivo, que odeia perder e que deixa sempre tudo em campo.

JP – Há tempos, neste mesmo espaço, Rúben Alfaiate afirmou que saiu do Benfica porque a dada altura sentiu que, como guarda-redes de equipa grande, não evoluiria mais do ponto de vista técnico. Quais são as principais qualidades que um guardião de um clube de maiores dimensões deve ter? Descontando a pressão associada ao emblema, é mais difícil defender a baliza do Sporting ou, digamos, de um Moreirense...?

TF – De um Sporting, sem dúvida nenhuma. Um guarda-redes do Sporting não tem muitas ações por jogo, comparado com um de um clube mais pequeno. Para sermos guarda-redes de um clube grande, penso que devemos ser líderes em campo e ter grande qualidade técnica e tática.

JP – Quem é a sua principal referência na posição de guarda-redes?

TF – Tenho o Rui Patrício, que é um grande profissional. E tenho também o Iker Casillas e o Manuel Neuer. 

JP – Há relativamente pouco tempo, tiveram início os trabalhos de preparação da seleção de sub-17, com vista ao Europeu da categoria. Embora não tenha constado da lista de convocados, chegar lá é uma das suas ambições de curto-prazo?

TF – Tento não pensar nisso. Acho que o mais importante é trabalhar no meu clube e dar o meu melhor, porque se não for o meu clube não chegarei lá acima de certeza.

JP – Naturalmente, imagina-se a jogar num Estádio de Alvalade cheio. Com que idade acha que chegará à equipa principal?

TF – Espero chegar lá o mais rápido possível. Por volta dos 20, 21 anos seria perfeito. 

JP – Como imagina a sua carreira daqui a dez anos? 

TF – Nos grande palcos do futebol europeu. Mas, primeiro, penso em chegar à equipa principal do Sporting.

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