Ao serviço dos encarnados desde o escalão de infantis, o jovem médio centro é um dos atletas de maior valia da atual equipa B. Com 22 anos, e partindo para a sua quarta temporada como sénior, não poderá permanecer mais tempo na Segunda Liga, sob a pena de estagnar a sua evolução e nunca vir a atingir patamares dignos do seu potencial.
Natural de Odivelas, desde cedo Rúben Pinto se destacou nas camadas jovens do clube da Luz. Em 2011, após muitas partidas com a camisola de Portugal, algumas das quais no Europeu de Sub-19, confirmou as credenciais que lhe vinham sendo atribuídas e integrou o plantel principal do Benfica, já orientado pelo técnico Jorge Jesus.
No entanto, a adaptação ao futebol sénior foi complicada e, por não haver na altura uma formação secundária, Rúben Pinto pouco ou nada jogou. Ainda assim, inscreveu o seu nome na conquista da Taça da Liga 2011/12. Meses depois, quando se esperava que começasse finalmente a atuar com regularidade, uma lesão afastou-o dos relvados por vários meses e esfumou-se assim a possibilidade de o internacional sub-21 lutar pela titularidade na equipa B.
Já completamente recuperado, herdou em 2013 a braçadeira de Miguel Rosa e capitaneou o Benfica rumo a um honroso quinto lugar na Liga 2 Cabovisão. Ao longo dessa campanha, disputou trinta e quatro encontros, tendo marcado em quatro ocasiões e crescido como jogador de forma nítida.
Poder-se-ia pensar que teria sido suficiente para garantir a promoção, mas ao que parece Jorge Jesus não conta com os seus serviços e o seu futuro no campeão nacional, a existir, passará uma vez mais pela equipa B. Por esse motivo, é agora aconselhável que rume a uma realidade competitiva superior àquela em que se encontra atualmente.
Inteligente e culto em termos táticos, Rúben Pinto é perito nos passes longos e bom no capítulo do remate, sobretudo de fora da área. Agressivo no desarme e bom na antecipação, demonstra ainda excelente visão de jogo e competência na chegada a zonas de finalização.