"Um fracasso. É desta forma simples que se pode descrever a época 2013/14 do FC Porto. Orientados primeiro por Paulo Fonseca e mais tarde por Luís Castro, os dragões não foram além do terceiro lugar no campeonato, deixando-se ultrapassar pelos rivais da capital, apesar de terem chegado a estar no primeiro posto, com mais cinco pontos do que o segundo classificado. Ao longo do ano, mutas foram as tentativas de explicação por parte da imprensa para os maus resultados da equipa principal dos azuis e brancos: "Paulo Fonseca deu o salto para um grande demasiado cedo na sua carreira"; "houve evidentes lacunas no plantel, logo desde a pré-temporada"; "João Moutinho e James, que juntos fizeram entrar 70 milhões de euros nos cofres portistas, não foram devidamente substituídos"; "Benfica esteve a um nível muito superior aos adversários e Sporting superou todas as expectativas"; "nota-se a falta de desequilibradores natos neste FC Porto"...
No entanto há um fator que parece ter escapado à grande maioria de jornalistas e comentadores: Christian Atsu, que na época 2012/13 havia dado sinais de que poderíamos estar na presença de um futuro grande jogador, abandonou a instituição após corte de relações entre o seu empresário e os dirigentes nortenhos, rumando ao Chelsea de José Mourinho. Nos mees seguintes, o jovem extremo confirmou algum do potencial que lhe é atribuído, efetuando excelentes exibições pelo Vitesse e ajudando o clube de Arnhem a lutar pelos lugares cimeiros da Eredivisie. Provou, na liga holandesa, que certamente teria sido importante para os dois técnicos que passaram pelo Dragão. É claro que nem todos os problemas se teriam resolvido, mas alguns deles atenuar-se-iam, ainda para mais sabendo que, em muitos encontros contra equipas de menores dimensões, Jackson Martínez & companhia não conseguiram acelerar o jogo nem criar muitas oportunidades de golo, tendo-se sentido, portanto, a falta de um atleta explosivo, irreverente, criativo. Adjetivos que assentam bem em Atsu.
Chegou ao Mundial com a motivação de um excelente ano desportivo, coroado com a eleição para melhor jogador da época do Vitesse, depois de uma votação levada a cabo pelos adeptos. No Brasil, assumiu a titularidade e ajudou a tornar a seleção nacional do Gana num osso duro de roer. Neste momento, é cobiçado por vários clues da Premier League que se tentam aproveitar do facto de "Mou" não contar com o africano para os desafios que se avizinham."