Formado no Benfica, Miguel Herlein saiu do clube da Luz na mudança para o futebol sénior. Aos vinte e um anos e três temporadas volvidas, conta já com passagens por quatro clubes (Akritas Chiorakas, Granada, Vilaverdense e FC Goa) de quatro diferentes nações. A convite da Jovens Promessas, aceitou repassar a sua carreira e explicou como tem sido a experiência no futebol indiano. Confira o resultado:
Jovens Promessas – Em 2012, na transição para o futebol sénior, e após muitos anos de águia ao peito, colocou um ponto final na sua ligação ao Benfica. Sentiu alguma mágoa pela saída ou era um cenário para o qual já estava mentalizado? Não houve conversas no sentido de integrar a equipa B, que tinha acabado de ser criada?
Miguel Herlein – Foram oito anos e foi um prazer ser formado no meu clube de coração, onde aprendi e cresci muito. No último ano de júnior já estava um pouco mentalizado para a minha saída, porque não era utilizado. Tinha poucos minutos e sabia que um jogador que não joga no último ano de júnior muito dificilmente renova... Não houve qualquer conversação sobre a minha saída.
JP – Seguiu-se o Akritas Chlorakas, da segunda divisão do Chipre. Quão evoluído é o futebol cipriota? Consegue apontar as suas principais características?
MH – Não foi a melhor decisão na minha carreira, mas acho que se aprende com os erros. Tinha saído de um clube muito grande e tinha algumas propostas em Portugal que talvez fossem melhores, mas quis arriscar e partir numa aventura para o Chipre. Não conhecia muito o futebol cipriota e acabou por ser uma má experiência. Joguei sempre até dezembro, mas de agosto a dezembro recebi apenas um mês de salário. Acabei por rescindir.