domingo, 9 de novembro de 2014

O ninho da Águia: André Ferreira

Publicado na AABE:


"Capitão da atual equipa de juniores do Benfica, André Ferreira é um dos bons valores da fornada de 96. Num posto tão complicado como o de guarda-redes, sabe que chegar ao plantel principal será sempre tarefa complicada, mas poderá dentro de algumas temporadas beneficiar da instabilidade que tem afetado a baliza das águias e conquistar o seu espaço. Para já, tem à sua frente Júlio César, Artur Moraes e Bruno Varela.

Natural de Vila Nova de Gaia, o jovem guardião conta com um percurso algo atípico, tendo em conta a idade com que chegou à formação de um grande. Após passagens por Pasteleira e Boavista, deu nas vistas na primeira metade da temporada 2012/13, ao serviço dos juniores do Nogueirense, e deu o salto para a equipa de Juvenis A do Benfica.

Com naturalidade, afirmou-se no Caixa Futebol Campus e logo nos primeiros meses de águia ao peito sagrou-se campeão nacional de sub-17. Ao seu lado, recorde-se, destacaram-se atletas como Romário Baldé, Gonçalo Guedes, Renato Sanches ou Guga Rodrigues. No ano seguinte, contudo, evoluiu na sombra de Thierry Graça, que à custa de excelentes exibições na primeira edição da UEFA Youth League acabou por ser um dos destaques da equipa de juniores.

Nesta última temporada da sua formação, André Ferreira voltou a ganhar protagonismo e não só agarrou a titularidade como assumiu a braçadeira de capitão, facto que demonstra o respeito que os seus colegas têm por si. Os números, esses, jogam a seu favor. Até ao momento, nas duas competições em que o clube está inserido, sofreu apenas seis golos, sendo, com larga vantagem, o guardião menos batido da 1ª Divisão do Campeonato Nacional de Juniores.

Seguro e fiável, André Ferreira transmite à sua equipa confiança ao longo de todo o encontro. Forte nas bolas altas, evidencia reflexos apurados, bom 'timing' de saída da baliza e qualidade na mancha. Para além disso, é competente a iniciar jogadas de ataque com as mãos e possui um razoável jogo de pés. Pela negativa, de destacar o facto de muitas vezes defender remates fortes para a frente, para o interior da área – a zona de perigo –, em vez de desviar em direção às linhas laterais."


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