domingo, 12 de outubro de 2014

O ninho da Águia: Jorge Pereira

Publicado na AABE:


"Capitão da atual equipa de Juvenis A do Benfica, Jorge Pereira perfila-se como um dos bons valores da geração de 98 do futebol encarnado. Internacional português no escalão de sub-17, é atualmente opção regular na fase de qualificação para o Europeu da categoria, a realizar em 2015.

Natural de São João da Madeira, deu os primeiros passos na Sanjoanense local. Destacou-se dos demais, chamando a atenção dos olheiros das águias, e não tardou a dar o salto para o clube da capital. Em condições normais, teria continuado a viver no norte do país, mas o seu potencial era demasiado grande para ser desperdiçado em viagens quase diárias a Lisboa.

Em conversa com o responsável por esta rubrica, Jorge Pereira explica como foram os primeiros tempos no Benfica: "cheguei ao Centro de Estágio com a idade de infantil de primeiro ano. Jogava no Campo dos Pupilos do Exército, mas às vezes treinava aqui com os iniciados. Era o único da minha idade a viver cá [, no Caixa Futebol Campus]."

Como tal, em comparação com os seus colegas, amadureceu mais, tanto dentro, como fora das quatro linhas. Por essa razão, foi ao longo do seu percurso de águia ao peito elemento imprescindível na estratégia dos diferentes técnicos que o orientaram. Não venceu até ao momento qualquer título oficial, é certo, mas esse facto deve-se principalmente à menor qualidade global da sua geração, relativamente a outras igualmente recentes.

Tem, então, pelas razões supracitadas, legítimas aspirações a chegar ao mais alto patamar dentro do clube: a equipa de seniores. Quando confrontado pelo autor destas linhas sobre a idade com que tenciona fazê-lo, Jorge foi perentório e não teve dúvidas em afirmar que "quero chegar à equipa principal no meu segundo ano de sénior", provavelmente após uma época de ambientação ao futebol profissional, ao serviço dos "bês" do Benfica.

Médio defensivo de construção, Jorge Pereira destaca-se pela sua exemplar leitura de jogo e pelo excelente posicionamento, atributos que lhe permitem roubar bolas à equipa adversária sem recorrer ao desarme e ao contacto físico. Evidencia ainda qualidade de passe, pragmatismo e maturidade nas suas ações e tem por hábito receber a bola junto dos centrais, para começar as jogadas ofensivas, assumindo-se assim como autêntico estratega do seu conjunto."


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