sábado, 26 de julho de 2014

Relatório: André Silva (FC Porto)


É consensual que uma das maiores lacunas na atual seleção portuguesa prende-se com o facto de ser órfã de um verdadeiro “homem-golo”. Por uma razão ou por outra, os habituais selecionados não conseguem corresponder, e isso tem reflexos a nível das prestações nas grandes competições. No Olival, cresce uma nova esperança que poderá vir a entrar nas contas da seleção principal. Aproveitando a boa fase que André Silva atravessa no Europeu sub-19, e no culminar de uma época em que se destacou ao serviço do FC Porto, a “Jovens Promessas” dá-lhe a conhecer melhor o “9” que poderá vir a revelar-se uma importante arma da frente de ataque “lusa”.



Iniciou o respetivo percurso futebolístico na época 2003/04, aos 8 anos, no Salgueiros. Após quatro temporadas, tentou o "salto" para o Boavista, mas por falta de adaptação acabou por permanecer poucos meses no clube. Regressado ao Salgueiros, após três épocas, seguiu-se uma experiência nos juvenis do Padroense (equipa-satélite do FC Porto), tendo depois integrado os quadros da formação dos dragões. No ano passado, cumpriu o último ano de júnior, subindo esta temporada ao Porto B.

A época 2013/14 foi extremamente positiva do ponto de vista individual para André Silva. Recorrendo aos sempre tão apelativos números tendo em conta a função que desempenha em campo, comecemos pela prestação na edição de estreia da UEFA Youth League. Embora o Porto não tenha seguido para os oitavos-de-final, André Silva fez o gosto ao pé por quatro vezes nos jogos da fase de grupos da prova. Na fase de apuramento do campeão, embora a prestação do Porto também não tenha sido satisfatória com um quarto lugar, o mesmo não se pode dizer do ponto de vista individual relativamente a André Silva: Fez seis golos em doze jogos, menos dois que o melhor marcador Romário Baldé.

Com o recente “poker” frente à Hungria, nos últimos dias, André Silva tem estado em foco. Destacando-se pela componente física, André é um ponta-de-lança bastante completo, sobretudo face à idade que apresenta. É um atleta trabalhador, que dá continuidade ao jogo e se integra muito bem em todos os movimentos de ataque. É comum vê-lo receber e variar para uma das alas, sendo que joga bem de costas para a baliza. No que diz respeito ao capítulo da finalização, é letal. Não se esconde, e tem apetência para os jogos grandes. Nota-se que é um atleta bem trabalhado, que conhece as funções e movimentações que se pedem a um ponta-de-lança. Por vezes cede aos ímpetos naturais de um jovem de 18 anos dentro de campo, - resultando em alguns erros - algo natural que se corrige com o tempo. De resto, este ano integrará a equipa B do FC Porto, etapa importante na carreira deste jovem na competitiva 2ª liga. 



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